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O sarampo é uma doença infecciosa grave, comum na infância. A enfermidade é causada por um vírus e só pode ser evitada com a vacina contra o sarampo. No entanto, o aumento de casos confirmados no país tem preocupado especialistas.

Aumento de casos preocupa

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de sarampo relatados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Segundo a OMS, os índices são preocupantes para o aumento do risco de disseminação também de outras doenças evitáveis por vacina.

Em 2016, o Brasil recebeu a certificação de País livre da doença. Esse selo é concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Já em 2019, nós perdemos esse título.

De acordo com a pediatra Márcia Yamamura, em entrevista à Revista Bebê, isso se deve muito por conta de uma cobertura vacinal baixa, combinada ao intenso movimento de pessoas não-vacinadas ao país. Ou seja, migrações e a presença de casos vindos de outras regiões, junto com a ausência da vacinação, acarretaram na reintrodução do vírus por aqui.  

Além disso, a disseminação de informações falsas, as chamadas fake news, também contribuem para esse cenário. Por último, podemos elencar ainda os movimentos antivacina, que ganharam força nos últimos anos, como contribuintes para o medo em relação aos imunizantes.  

Transmissão e sintomas  

Especialistas estimam que uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para 90% dos indivíduos próximos a ela que não tenham se vacinado. 

A doença pode acometer adultos e crianças, mas os principais grupos de risco são bebês de cerca de 6 meses até adultos na faixa dos 30 a 40 anos de idade. 

Os principais sintomas do sarampo são: tosse e febre persistentes; vermelhidão e irritação nos olhos; corrimento ou congestão nasal e mal estar intenso.  

Além disso, entre o terceiro e quinto dia após o quadro inicial podem surgir manchas vermelhas no rosto, que progridem para o resto do corpo, em direção aos pés, e permanecem por, pelo menos, três dias.  

De acordo com especialistas, a evolução do sarampo geralmente é benigna, mas a persistência da febre, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade, pode representar um sinal de alerta para possíveis complicações.  

A doença pode evoluir e causar infecção nos ouvidos (otite), convulsões, lesões e inflamações no cérebro (encefalite aguda) e, até mesmo, a morte. Em geral, isso ocorre em pessoas desnutridas, recém-nascidos, gestantes e portadores de imunodeficiências.  

Vacinação contra o sarampo 

A vacina contra o sarampo faz parte do calendário vacinal básico instituído pelo Ministério da Saúde e é distribuída pelo SUS para indivíduos de 1 a 59 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Imunizações considera que as pessoas protegidas são aquelas que tomaram 2 doses da vacina contra sarampo, desde que estejam documentadas no cartão vacinal.  

Resumindo, só com a vacina estamos imunizados contra essa enfermidade, que vem preocupando especialistas da saúde. E falando nisso, você e seu filho estão com as doses da vacina contra o sarampo em dia?