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Como lidar com a sexualização precoce das crianças?

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O Dia dos Namorados está chegando e com ele surge um debate muito importante: a sexualização precoce das crianças. Esse assunto merece ser levantado pois, se não for prevenido e combatido desde cedo, pode acarretar em problemas físicos e psicológicos nos pequenos.

Como surge a sexualização precoce?

Quem nunca perguntou a uma criança, ou ouviu, na infância, frases como “e os namoradinhos?” ou “quem é sua namorada na escola?”. Essas frases, geralmente ditas por familiares, até mesmo para puxar assunto, fazem parte do que chamamos de sexualização precoce, ou erotização infantil.

Esse comportamento está cada vez mais presente, não só nessas perguntas – que, para uma criança, podem parecer sem nexo – mas também no padrão de vestimenta que o mercado da moda oferece às crianças, nas novelas, nas músicas e, principalmente, na internet – a que muitos pequenos têm acesso via smartphone. 

Efeitos da sexualização precoce

De acordo com artigo da jornalista Luiza Braz, a sexualização precoce tem efeitos negativos que ficarão evidentes com o crescimento e serão aparentes na saúde mental e no desenvolvimento sexual saudável. “As meninas podem desenvolver questões sobre o próprio corpo, trazendo problemas de autoestima, distúrbios alimentares, depressão e uma visão deturpada sobre si. Há um tempo, esses problemas eram característicos em jovens na transição para a adolescência, entre os 12 e os 15 anos. Hoje já estão sendo detectados em meninas entre 5 e 9 anos”, afirma. 

Combate à sexualização precoce

A sexualização precoce das crianças deve ser combatida por todos que fazem parte da vida dos pequenos, e isso inclui desde a família até os profissionais envolvidos na sua educação, por exemplo. Por isso, o debate da educação sexual é tão importante, apesar de ter suscitado polêmicas nos últimos anos.

Polêmicas em torno da sexualização precoce

Algumas pessoas acham que, falando sobre esse assunto na escola, as crianças podem ser incentivadas à vida sexual precocemente. Porém, pelo contrário, é sabendo sobre o assunto que a criança vai poder identificar, caso necessário, condutas que são classificadas como violência sexual. É importante lembrar que, muitas, vezes essas violências são praticadas dentro do próprio lar ou por pessoas da família, portanto, falar sobre esse assunto na escola pode ser uma forma de a criança se sentir segura a denunciar um caso de violência ou assédio sexual.  

Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, a psicóloga clínica infantil Camila Machuca reiterou que é função dos pais proteger a criança, pois as mesmas não têm competência psicológica e maturidade para compreender os riscos de determinados comportamentos como a exibição nas redes sociais, por exemplo. “Hoje, vemos que as crianças são bombardeadas com excesso de conteúdo pelas diferentes mídias. Isso acaba estimulando a aceleração de etapas de desenvolvimento em diversos aspectos, e um deles é a questão da sexualidade”, comenta. 

Monitore os conteúdos consumidos

A psicóloga explica ainda que é muito importante que a família monitore a que tipo de conteúdo seus filhos estão tendo acesso, pois isso influencia diretamente o entendimento dessa criança do que é um comportamento aceitável e esperado dela.   

A psicóloga e colaboradora da Comissão de Comunicação do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Adriana Franco Amaral, explica que expor os filhos a conteúdos adultos pode acabar gerando, inclusive, alterações na parte fisiológica, como, por exemplo, a menstruação precoce. 

Por isso, esteja sempre atento a que tipo de conteúdo o seu filho anda consumindo. Além disso, fale abertamente com ele sobre temas como gênero e sexo. Isso evita que a a criança ouça sobre o tema em outro ambiente, ou que vá buscar aprender sozinha e acabe consumindo conteúdos deturpados ou inadequados.

Lembre-se que a nossa responsabilidade enquanto pais é, também, promover aos pequenos o acesso a uma informação segura. O diálogo com as crianças é sempre a melhor opção.

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