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Como ajudar as crianças a lidar com os novos sentimentos

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De uma hora para outra, quando foi declarada a pandemia de coronavírus, fomos orientados que deveríamos ficar em casa, pois seria o local mais seguro. E se para os adultos ter que se reinventar foi difícil, imagina para as crianças, que ainda estão dando os primeiros passos rumo ao descobrimento da vida. Nesse cenário, como podemos ajudar as crianças a enfrentarem novos sentimentos como medo, angústia e até mesmo tristeza nessa pandemia?

Com certeza, não foi fácil para as crianças ter que se afastar do coleguinha de sala de aula, encontrar com a professora somente por uma tela e não conviver com os amiguinhos, por exemplo. Pensando nisso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), convidou crianças de todo o Brasil a desenhar e contar como estão se sentindo neste período de coronavírus, por meio da campanha “Sentimentos no Papel”.

Campanha Sentimentos no Papel

O objetivo da campanha é dar voz às crianças em meio à pandemia, lembrando a importância de ouvi-las e de criar momentos em que elas possam se expressar. Para participar, pais, mães e responsáveis podem abrir esse espaço de diálogo com as crianças, organizando um ambiente acolhedor, em que elas possam expressar como se sentem.

Em seguida, os adultos podem postar a foto do desenho, uma fala da criança, ou ainda um vídeo dela explicando o desenho nas redes sociais. O post deve ser acompanhado da hashtag #sentimentosnopapel e você também deve marcar o perfil @unicefbrasil.

Como ajudar a criança a lidar com os sentimentos

Para a psicóloga Marcia Frederico, em entrevista ao site brasileiro sobre inovações em educação “Porvir”, as crianças são reflexo do ambiente familiar no qual estão inseridas. Algumas crianças estão inseridas em um contexto minimamente estruturado e aproveitam para ficar mais tempo com os pais. Já outras estão em ambientes menos favoráveis e são impactadas por estresse, ansiedade e sobrecarga da família.

Tonia Casarin, empreendedora, mestre em educação e autora da coleção Tenho Monstros na Barriga, livros que tratam sobre a descoberta dos sentimentos por uma criança, vai na mesma direção. Ela afirma que as emoções sentidas pelos adultos “estão contagiosas como o próprio vírus”, afetando o clima da casa e, consequentemente, o comportamento das crianças. “Já ouvi relatos de crianças que não estão conseguindo encostar em nada ou deitar na cama, porque estão com medo, já que ‘o vírus está em todo lugar’. Isso não traz esse ambiente seguro que queremos dentro de casa”, afirma.

O que fazer?

Lidar com todas essas mudanças pode ser complicado até mesmo para os adultos. Mas é possível ajudarmos as crianças a administrarem os novos sentimentos. Confira algumas dicas:

– Faça perguntas específicas aos pequenos: “Você está com saudade de alguém?”; “Que nota você daria para o seu dia hoje? Por quê?”; “O que você quer fazer depois da aula online?”;

– Ouça tudo o que a criança tem a dizer e não menospreze seus sentimentos;

– Façam atividades diferentes, como aprender um novo jogo, preparar uma receita diferente, criar uma hortinha em casa;

– Reforce o motivo de estarmos mais em casa e a importância que isso tem não apenas na saúde da sua família, mas do coletivo.

A pandemia nos impôs muitas coisas, mas também deu a algumas famílias a oportunidade de estar mais em casa e acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das crianças. Com isso, é muito importante estarmos preparados para ajudar as crianças a lidar com os novos sentimentos que surgem. É possível tirar algo bom desse período e levar como aprendizado para a nossa vida e a dos pequenos.

PRODUTO CADASTRADO NA ANVISA SOB Nº 80584310007