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Os perigos da exposição dos pequenos a dispositivos eletrônicos

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Muitas vezes durante a refeição a criança começa a fazer birra, não quer comer, nem tomar o suquinho, e o choro entra em cena. É comum os pais colocarem o desenho preferido no celular para poder terminar de alimentar o filho. Esse é um dos exemplos da apresentação dos dispositivos eletrônicos para as crianças, mas será que essa exposição logo cedo na vida dos pequenos, é saudável?

Os smartphones já fazem parte da rotina de 92% dos brasileiros, segundo pesquisa de 2018 da Deloitte. Um estudo apresentado no início de 2018 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) estimava que até maio daquele ano haveria 174 milhões de computadores, entre computadores de mesa, notebooks e tablets no país.

Hoje é quase impossível não se entreter com as telas, é praticamente inevitável não conferir o feed do Instagram, do Facebook, dar aquela espiadinha nas mensagens do WhatsApp e por aí vai. E esse comportamento também influencia as crianças a quererem ter contato com os dispositivos eletrônicos.

Dados

Pesquisa canadense consultou mães de cerca de 2,5 mil crianças, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso dos aparelhos e preencheram questionários sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham dois, três e cinco anos. Os dados incluem assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela.

Aos dois anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos três anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos cinco anos, quando as crianças começaram na escola primária. As descobertas foram publicadas no periódico JAMA Pediatrics.

Relação com o autismo

Embora ainda não exista nada comprovado cientificamente, alguns pesquisadores acreditam que emissão de radiação pode ser extremamente prejudicial aos pequenos. Outra indagação é sobre o aumento o déficit de atenção, concentração e memória, o motivo para isso seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal.

De acordo com o neurologista infantil, Helio Van Der Linden Júnior, em entrevista ao Jornal O Popular, pode haver relação entre a exposição audiovisual com o Transtorno Espectro Autista (TEA). Segundo o especialista, a relação tem sido estudada informalmente entre especialistas, e em 2015, os pesquisadores Karen Heffler e Leonard Oestreicher publicaram uma nova teoria. Conforme eles, a uma grande parcela dos casos de TEA é decorrente de exposição precoce e intensa as crianças menores de dois anos às telas. Essa exposição levaria a uma hiperestimulação de vias cerebrais relacionadas ao processamento de informações audiovisuais não sociais.

Limites para os usos de dispositivos eletrônicos

Mas diante de tantos aparelhos, como limitar esse consumo? Confira dicas:

– Estabeleça períodos que podem ser usadas as telas (depois da escola, por exemplo) e momentos que não devem fazer parte da rotina (hora do dever de casa, escola, refeições);

– Analise o seu tempo dedicado aos dispositivos eletrônicos. Se for excessivo, repense e dê o exemplo;

– Retire as telas de cena antes dos pequenos dormirem, para que tenham uma noite de sono mais tranquila;

– Estimule que a criança faça outras atividades como brincar, passear com o cachorro, pintar.

Não é que a tecnologia seja ruim. Ela tem seus prós e contras, como tudo que surge. Podemos falar com alguém do outro lado do mundo por meio de um celular, ler as notícias do dia a um clique de alcance. Mas as vezes não observamos que estamos perdendo de ver nosso filho crescer, de brincar com ele e de ensinar que, por mais que seja convidativa uma tela, não tem nada como o abraço quentinho de quem te ama!

PRODUTO CADASTRADO NA ANVISA SOB Nº 80584310007