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Quem nunca se encantou com a imagem de um bebê dando gargalhada diante das gracinhas de seu cão? Na internet há uma variedade de cenas que retratam essa relação espontânea e rica em possibilidades terapêuticas, que é o contato entre crianças e animais.

Especificamente o vínculo humano-canino vem sendo estudado e incentivado por profissionais de diversas áreas. Questões como porte e características comportamentais e de interação têm sido fatores motivadores para a inclusão dos pets tanto na rotina doméstica das famílias quanto na agenda dos centros de atendimento e das instituições de saúde.

Pesquisas recentes, como a da mestre em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social Denise Bossoni do Amaral (Universidade de Cruz Alta/RS, 2016), apontam para os efeitos positivos dessa relação. Um dos principais aspectos destacados é a vantagem da “presença do cão – um ser vivo – animando, estimulando, encantando e dando vivacidade para o sujeito de ação”. Segundo Denise, o cão “atua no tratamento global do ser humano, auxiliando e facilitando a realização de ações lúdicas de aprendizagens, assim como o desenvolvimento que estimula atividades de tratamento físico, psíquico e emocional do ser humano em suas necessidades específicas”.

O Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais, uma organização não governamental fundada em 2008, igualmente salienta que o contato com os cães é salutar e desejável. No site do INATAA estão listadas diversas entidades que recebem visitas periódicas desse projeto voluntário, no entendimento do quanto há de substancial melhora na saúde física, psicológica e emocional, na coordenação motora e no desenvolvimento da memória dos assistidos. O instituto observa também que a interação com os cães contribui para a elevação da liberação dos hormônios relacionados ao prazer e à alegria, o que resulta em momentos marcados por sensações de conforto e bem-estar.