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A importância da nutrição infantil adequada

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A infância é um período de descobertas e desenvolvimento em muitos âmbitos. Durante todas as fases da criança, a alimentação balanceada é essencial para o crescimento saudável. Por isso a importância de práticas corretas de nutrição infantil em cada uma delas.

Mas você sabe o que pode ou não pode na alimentação das crianças? E qual a importância da nutrição infantil adequada? Confira na entrevista com a nutricionista Raphaela Macedo* essas e outras questões envolvendo a nutrição infantil.

Introdução alimentar

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é que o aleitamento materno seja exclusivo por seis meses e complementado com outros alimentos até os dois anos de idade ou mais. Ainda de acordo com o órgão, não há vantagens em iniciar com os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.

De acordo com Raphaela, após os seis meses, em média, os órgãos gastrointestinais do bebê já estão aptos para receber alimentos. Porém, é importante que, junto com a idade, sejam avaliados também os sinais de prontidão para a introdução alimentar. Os sinais de prontidão são:

  • a criança senta sem apoio e se sustenta sentada;
  • a criança coloca a língua para fora, demonstra curiosidade e interesse pelos alimentos; e
  • a criança já consegue levar os objetos até a boca.

Alimentos indicados após os seis meses

Mas que refeição oferecer para a criança após os seis meses? “Num geral, a maioria dos alimentos está liberada. Todos os tipos de frutas, leguminosas, cereais, legumes, verduras, carnes e ovos, dando preferência para uma alimentação variada. Sempre que puder, opte por alimentos in natura ou minimamente processados que não tem erro”, explica a nutricionista. “Só devemos ter atenção e ir adaptando as consistências e tamanho dos alimentos conforme a idade. Por volta dos 12 meses a criança já pode (e deve) estar comendo na mesma consistência da família”, complementa.

Raphaela ainda lista alimentos indicados para introdução após um ano de vida. São eles:

  • leite de vaca e seus derivados, como queijo e iogurte;
  • sucos de frutas; e
  • sal.

Somente após os dois anos é indicado oferecer para criança alimentos como mel, café, açúcar, embutidos, enlatados e peixe cru, por exemplo.

Além disso, os alimentos ultraprocessados devem ser evitados por todas as faixas etárias, inclusive pelos adultos. “Nos primeiros anos de vida, em que são construídos os hábitos alimentares da criança, o ideal é serem evitados ao máximo. Esses alimentos são ricos em açúcares, sal, gordura e diversos produtos sintetizados em laboratório”, alerta Raphaela. “Vários estudos demonstram que o alto consumo destes alimentos contribuem para falta de interesse da criança por frutas, legumes e vegetais”, ressalta.

Como despertar o interesse dos pequenos por legumes

Uma das maiores dificuldades dos pais é fazer com que as crianças gostem e consumam legumes e verduras, que possuem nutrientes essenciais para o nosso corpo. Segundo Raphaela, uma alimentação familiar diversificada, consistente e em que seja frequente o consumo de legumes e verduras facilita o processo da criação do hábito na criança. “A dica essencial é tentar sempre que possível ter estes alimentos nas refeições, mas sem jamais forçar a criança a comer. A exposição a longo prazo aumenta a aceitabilidade”, pontua a nutricionista.

A importância da nutrição adequada

É na infância que começamos a moldar quem seremos na vida adulta, e isso inicia na alimentação, por isso a importância da nutrição infantil correta. “Uma boa alimentação influencia diretamente no processo de formação do cérebro. Pensando assim, uma alimentação adequada ajuda a desenvolver a base do funcionamento não só físico, mas cognitivo e emocional da criança por toda sua vida”, observa Raphaela.

“Além disso, bons hábitos alimentares auxiliam a prevenir e diminuir os riscos, a longo prazo, de desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis como hipertensão, doenças do coração, dislipidemias, obesidade, diabetes, entre outras”, complementa.

Devemos manter uma alimentação equilibrada diariamente, para colhermos os frutos no futuro, prevenindo doenças e tendo qualidade de vida. “Uma base alimentar bem consolidada, balanceada em variedade, qualidade e, principalmente, um bom relacionamento com a comida, criam uma ‘base sólida’ para que as crianças saibam, no futuro, lidar melhor com a comida, o próprio corpo e suas escolhas alimentares”, finaliza a nutricionista.

Com essas dicas sobre a importância da nutrição infantil, desejamos dias melhores e boas escolhas no seu prato e no das crianças!

*Raphaela é formada em Nutrição pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) e está cursando pós-graduação em Comportamento Alimentar. Atuando desde 2018 como nutricionista escolar e responsável técnica da saúde, seus atendimentos clínicos são voltados ao acompanhamento familiar com foco na criança e adolescente.

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